A teoria da evolução, proposta pelo naturalista britânico Charles Darwin em 1859, revolucionou o pensamento científico ao sugerir que as espécies biológicas mudam ao longo do tempo através da aquisição de características que favorecem a sobrevivência e a reprodução. Agora, 164 anos depois, nove cientistas e filósofos propuseram uma nova lei da natureza que inclui a evolução biológica descrita por Darwin como um exemplo vibrante de um fenômeno muito mais amplo, que aparece no nível de átomos, minerais, atmosferas planetárias, planetas, estrelas e mais1.
Esta nova lei, intitulada “lei do aumento da informação funcional”, sustenta que sistemas em evolução, biológicos e não biológicos, sempre se formam a partir de numerosos blocos de construção interativos, como átomos ou células. Existem processos – como a mutação celular – que geram muitas configurações diferentes. A evolução ocorre quando essas várias configurações são submetidas à seleção para funções úteis1.
Os autores propõem três conceitos universais de seleção: a capacidade básica de resistir; a natureza duradoura dos processos ativos que podem permitir a evolução; e o surgimento de características novas como uma adaptação a um ambiente. Alguns exemplos biológicos dessa “geração de novidade” incluem organismos que desenvolvem a capacidade de nadar, caminhar, voar e pensar. Nossa espécie surgiu após a linhagem evolutiva humana divergir da linhagem do chimpanzé e adquirir uma série de características, incluindo a caminhada ereta e o aumento do tamanho do cérebro1.
A formulação de tal lei oferece uma nova perspectiva sobre por que os diversos sistemas que compõem o cosmos evoluem da maneira que fazem e pode permitir previsões sobre como sistemas desconhecidos – como a química orgânica na lua de Saturno, Titan – se desenvolvem ao longo do tempo1.