A missão do Starliner da Boeing, que deveria retornar à Terra em breve, foi adiada novamente devido a problemas técnicos. A cápsula, que está atualmente acoplada à Estação Espacial Internacional (ISS), permanecerá no espaço até pelo menos o início de julho, enquanto a NASA e a Boeing realizam verificações adicionais.

Durante a missão de teste de voo tripulado (CFT), que começou em 5 de junho, a cápsula enfrentou problemas com cinco de seus 28 propulsores do sistema de controle de reação (RCS). Quatro desses propulsores foram restaurados, mas a equipe também identificou cinco pequenos vazamentos de hélio no sistema de propulsão do Starliner. Esses problemas surgiram após o lançamento e durante a aproximação e acoplamento com a ISS.

A missão, que inicialmente deveria durar cerca de uma semana, foi estendida várias vezes para permitir uma avaliação mais detalhada dos problemas técnicos. A NASA planeja realizar uma caminhada espacial em 2 de julho, e deseja concluir essa atividade antes do retorno do Starliner.

Apesar dos desafios, a NASA mantém confiança no desempenho do Starliner em órbita. A agência está utilizando o tempo extra para realizar atividades críticas na estação e preparar o retorno seguro dos astronautas Butch Wilmore e Suni Williams. Além disso, a missão está proporcionando insights valiosos para futuras atualizações do sistema.

A certificação do Starliner é um passo crucial para que a cápsula possa realizar missões de seis meses com astronautas para a ISS. A SpaceX, com sua cápsula Crew Dragon, já realiza essas missões regularmente. A NASA e a Boeing estão focadas em concluir a missão CFT com segurança antes de planejar os próximos passos para o Starliner.

A missão prolongada também oferece uma oportunidade para a realização de testes adicionais, incluindo a operação da escotilha da cápsula e a avaliação da temperatura interna. A NASA confirmou que a cápsula está preparada para cenários de retorno de emergência, garantindo a segurança dos astronautas a bordo.