Uma equipe de pesquisadores conseguiu isolar e sequenciar RNA de uma espécie extinta pela primeira vez, o tilacino, também conhecido como tigre da Tasmânia1. O feito histórico foi realizado por cientistas da Universidade de Estocolmo e do Centro de Paleogenética em Estocolmo, que extraíram, sequenciaram e analisaram o RNA (ácido ribonucleico) de um espécime de tilacino com cerca de 130 anos, conservado no Museu de História Natural de Estocolmo1. A pesquisa, publicada na revista Genome Research, representa um avanço significativo no campo da paleogenética.
O estudo é único, pois, pela primeira vez, os cientistas conseguiram sequenciar RNAs de uma espécie extinta, o tigre da Tasmânia1. Segundo Emilio Mármol-Sánchez, paleogeneticista da Universidade de Estocolmo e autor principal do estudo, “esta é a primeira vez que conseguimos vislumbrar a biologia e o metabolismo das células do tigre da Tasmânia pouco antes de morrerem”1. A descoberta abre caminho para a recuperação de RNA de outras espécies extintas que estão preservadas em museus ao redor do mundo.
A recuperação de RNA de espécies extintas tem o potencial de fornecer informações valiosas sobre a biologia e a evolução dessas criaturas, além de contribuir para a compreensão das causas de sua extinção. Com o avanço das técnicas de sequenciamento de RNA e a crescente disponibilidade de espécimes preservados, é provável que a recuperação de RNA de outras espécies extintas siga o exemplo do tigre da Tasmânia. Esses avanços podem abrir novas possibilidades para a pesquisa em paleogenética e fornecer insights importantes sobre a história evolutiva da vida na Terra.
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