Um novo avanço na fotossíntese artificial pode ajudar a criar energia renovável, limpa e ilimitada para o nosso planeta1. Este processo foi descoberto em uma pesquisa inovadora, que viu cientistas imitando com sucesso o processo natural de fotossíntese para produzir metano2. A fotossíntese artificial é uma opção que os cientistas estão explorando para reestruturar o sistema de uma planta para produzir nossos próprios tipos de combustíveis5.
Por dois séculos, os humanos confiaram nos combustíveis fósseis para energia concentrada; centenas de milhões de anos de fotossíntese embalados em uma substância conveniente e densa em energia. Mas esse suprimento é finito, e o consumo de combustíveis fósseis tem um impacto tremendo no clima da Terra. “O maior desafio que muitas pessoas não percebem é que nem mesmo a natureza tem solução para a quantidade de energia que usamos”, disse o químico da Universidade de Chicago, Wenbin Lin5.
A fotossíntese artificial poderia produzir etanol, metano ou outros combustíveis. Embora ainda tenha um longo caminho a percorrer antes de se tornar uma maneira de abastecer seu carro todos os dias, o método dá aos cientistas uma nova direção para explorar e pode ser útil a curto prazo para a produção de outros produtos químicos5. “Este é um grande avanço nos sistemas existentes, mas, tão importante quanto, conseguimos estabelecer uma compreensão muito clara de como esse sistema artificial funciona no nível molecular, o que não havia sido realizado antes”, disse Lin5.
Os pesquisadores ‘hackearam’ os estágios iniciais da fotossíntese, a máquina natural que alimenta a grande maioria da vida na Terra, e descobriram novas maneiras de extrair energia do processo, uma descoberta que poderia levar a novas maneiras de gerar combustível limpo e energia renovável6. Uma equipe internacional de físicos, químicos e biólogos, liderada pela Universidade de Cambridge, conseguiu estudar a fotossíntese – o processo pelo qual as plantas, algas e algumas bactérias convertem a luz solar em energia – em células vivas em uma escala de tempo ultra-rápida: um milionésimo de um milionésimo de segundo6.
Os pesquisadores dizem que ser capaz de extrair cargas em um ponto anterior no processo de fotossíntese, poderia tornar o processo mais eficiente ao manipular vias fotossintéticas para gerar combustíveis limpos a partir do Sol. Além disso, a capacidade de regular a fotossíntese poderia significar que as culturas poderiam ser feitas mais capazes de tolerar a luz solar intensa6. “Muitos cientistas tentaram extrair elétrons de um ponto anterior na fotossíntese, mas disseram que não era possível porque a energia está tão enterrada na estrutura de proteínas”, disse Zhang. “O fato de podermos roubá-los em um processo anterior é impressionante. No início, pensamos que tínhamos cometido um erro: demorou um pouco para nos convencermos de que tínhamos conseguido”6.